À BEIRA DA FONTE
Amanhã hei-de ir à fonte,
- descalça, qual Lianor –
Procurar, no horizonte,
Sinais de Paz ou de Amor…
Não sou Lianor, nem jovem,
Procuro um amor dif`rente…
Aquilo que alguns descobrem
Que faz falta a toda a gente…
Mas se eu for e não voltar,
Não se esqueçam!... Não voltei
Porque o não pude encontrar
Nas muitas voltas que dei!
Procurei por toda a parte.
Não estava em parte nenhuma!
Apesar do amor à Arte
Perdi-me entre tanta bruma…
Hoje, qual Sebastião
Do mito desencarnado,
Procuro a estranha lição
Desse amor desencontrado…
Neste precário horizonte
De fronteiras virtuais,
Desprezo, à beira da fonte,
O que os outros buscam mais…
O meu amigo Fisga do http://planeta-sol.blogs.sapo.pt/ propôs-me, em jeito de desafio, uma pequena dissertação ou a possível definição de AMOR. Casualmente - que eu saiba - tinha, pouco antes, feito estas redondilhas sobre o tema. Aqui vo-las deixo e desafio todos os que aqui vierem - como de costume deixarei uma porta aberta no poetaporkedeusker - a fazer exactamente o mesmo nos seus blogs. :)