Pois é... lembram-se da minha promessa de confissão em relação ao desafio do Bloguezi?
Aqui confesso que vocês estiveram quase, quase a 100%...
Também confesso que pensei que nenhum de vocês pudesse acreditar que, desde o início dos anos 70, eu tivesse andado por aí a comprar enguias vivas, para depois as soltar... não é que eu andasse a nadar em dinheiro. Nada disso! Aquilo exigia-me algum sacrifício financeiro, mas eu sempre achei atroz ver aqueles pobres animais a debaterem-se pela vida nas bancas dos mercados. Levava as minhas filhas comigo, pois claro! Não gostaria de impor-lhes fosse o que fosse, mas nunca pensei que aquilo pudesse ser encarado como um mau exemplo.. mas era. E continua a ser, embora já não tanto assim...
Mas estou a alongar-me sobre as verdades e vocês, agora, querem é descobrir as mentiras.
Aqui vão elas, muito bem explicadinhas...
3- Não senhor. Não gosto nadinha de andar de saltos altos e vocês descobriram logo isso. Esta era fácil!
4 - Lamento muito mas não morro de amores por champanhe, nem em ocasiões festivas.
Sou capaz de beber um pouco, socialmente, mas se o puder trocar por uma 7up, troco mesmo! Aliás, eu trocaria qualquer bebida do mundo por uma Lima-limão do Pingo Doce...
6 - Nunca tive um cão de raça pura. "Nasci" ao lado do Pinóquio, um rafeirito preto que o meu avô recolhera das ruas. A esse mordi-o quando tinha sete ou oito meses de idade. Ficou registado para a posteridade, em fotografia, o nariz do infeliz, com uma fatia a menos, porque eu devo ter achado que aquele narizito húmido deveria ser muito bom para comer... trata-se do bebé que mordeu o cão e não do "Homem que Mordeu o Cão", devo deixar bem claro e, como data de 1953, penso que ninguém me pode acusar de plágio...
Depois veio a Paloma, lindíssima, branquíssima, abandonadíssima e rafeiríssima que foi a minha grande companheira de infância.
Mais tarde, comigo já aqui, em Nova Oeiras, chegou o Ferrugem, dentro de uma caixa de sapatos, muito pequenino, ainda. Veio a transformar-se num belíssimo rafeiro grande, com uma costelazinha de Leão da Rodésia. Sobre o Ferrugem poderia estar horas e horas a contar-vos histórias em que vocês dificilmente acreditariam. A sua vida daria um romance, acreditem-me. Um dos mais belos contos que escrevi, nasceu-me logo após a sua morte.
Quando eu já fincava o pé, teimando que não voltaria a ter um cão, só para não voltar a sofrer o que sofri com a sua partida, a minha mãe veio-me com uma história de fazer chorar as pedrinhas da calçada, sobre uma cachorrinha raptada, sequestrada, abandonada ou qualquer coisa parecida e... lá veio a Lupa, belíssima no seu cruzamento de qualquer coisa com Alaskan Malamute. A seguir veio o Kico - Nico, Quasimodo, Pirata, Campeão, Vencedor, Saltitão, Resistente, Coxinho, Pinga-Amor, etc, etc ... - cuja história vos contei em http://poetaporkedeusker.blogs.sapo.pt/21787.html e que por cá vai continuando apesar das muitas maleitas, achaques e longos anos de vida.
E pronto! Dou os meus parabéns a todos os que tentaram acertar e que andaram tão pertinho, tão pertinho que até parecia mentira...